sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Jô Soares




TRECHO DE ASSASSINATOS NA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS


“O Coruja voltou para casa, com uma sensação de mal-estar. Seu sexto sentido de policial dizia-lhe que o visitante incógnito tinha algo a ver com o caso. Foi quando avistou no chão, perto da soleira, um envelope que haviam enfiado por baixo da porta. Não tinha endereço marcado, muito menos remetente. Lembrou-se de que a janela da cozinha dava para a rua lateral e correu para abri-la. Debruçando-se, ainda teve tempo de ver um vulto alto e cabisbaixo, de chapéu e sobretudo pretos, perdendo-se na escuridão da noite.” (p. 48)