segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Bram Stoker


Drácula - Bram Stoker

CAPÍTULO II

DIÁRIO DE JONATHAN HARKER
(Continuação)

5 de maio — Eu devia ter dormido, pois, se estivesse inteiramente acordado, tetia notado a aproximação de um lugar tão notável. Na escuridão, o pátio parecia muito grande e vários caminhos escuros davam para ele, através de grandes arcos arredondados, que talvez parecessem maiores do que eram na realidade.

Quando a caleça parou, o cocheiro me ajudou a descer. De novo não pude deixar de notar sua força prodigiosa. Em seguida, ele tirou minha bagagem, que colocou no chão ao meu lado, diante de uma grande e velha porta de ferro, que se abria na parede de pedra. Subindo de novo para a caleça, o cocheiro sacudiu as rédeas, os animais partiram e o carro desapareceu numa das passagens escuras.

Fiquei em silêncio, onde estava, sem saber o que fazer. Não havia sinal de campainha, ou de aldrava e não parecia provável que minha voz penetrasse aquelas paredes e janelas escuras. Tive a impressão de ter esperado um tempo infinito. Em que lugar viera me meter, e com que espécie de gente? Seria essa uma aventura banal na vida de um mero ajudante de procurador, que tinha de explicar a um estrangeiro a compra de uma propriedade em Londres? Ajudante de procurador! Mina não gostaria disso. Procurador, pois pouco antes de sair de Londres eu soubera que fora feliz no concurso que fizera. Era, agora, um procurador.

Tive de me beliscar e esfregar os olhos, para ver se estava acordado. Aquilo tudo estava me parecendo um pesadelo horrível e esperava acordar, de repente, em minha casa. Mas meus olhos não me iludiam. Estava realmente acordado, nos Cárpatos. A única coisa que me restava era ter paciência e esperar o amanhecer.

Justamente quando chegara a essa conclusão, ouvi, por trás da porta, passos pesados que se aproximavam. Uma chave girou na fechadura, com um rangido característico do desuso, e a pesada porta se abriu. No lado de dentro, estava de pé um velho alto, sem barba e com um comprido bigode branco, vestido de preto da cabeça aos pés. Trazia na mão uma velha lâmpada de prata, cuja chama lançava nas paredes sombras enormes. O velho fez-me sinal para entrar, com a mão direita, num gesto cortês, dizendo, em excelente inglês, mas com uma entonação estranha:

— Seja bem-vindo à minha casa! Entre por sua livre e espontânea vontade!

Não fez menção de avançar para vir ao meu encontro, deixando-se ficar imóvel como uma estátua, como se seu gesto de boas-vindas o tivesse petrificado. Logo que entrei, contudo, ele adiantou-se, impulsivamente, e apertou minha mão com uma força que me fez pestanejar, para o que também contribuiu o fato de sua mão ser fria como gelo — mais parecendo a mão de um morto que a de um vivo.

— Seja bem-vindo à minha casa — disse, de novo. — Entre à vontade, saia são e salvo e deixe aqui um pouco da felicidade que traz!

A força com que me apertou a mão era tão semelhante à que eu havia notado no cocheiro, cujo rosto não vira, que, por um momento, imaginei se os dois não seriam a mesma pessoa. Para me assegurar, perguntei:

— O Conde Drácula?

— Sou Drácula — respondeu ele, com uma mesura cortês. — E desejo-lhe boas-vindas à minha casa, Sr. Harker. Entre; a noite está fria e o senhor deve estar precisando comer e descansar.

Enquanto falava, colocou a lâmpada num nicho da parede e, antes que eu pudesse impedir, pegou minha bagagem. Protestei, mas ele insistiu:

— O senhor é meu hóspede. Já é tarde e meus criados não estão por aí. Deixe que eu mesmo cuide do senhor.

Fez questão de levar; ao longo de um corredor e de uma escada de pedra, após a qual seguiu por outro corredor de pedra, que terminava numa porta. No fim desse corredor, o Conde abriu uma pesada porta é regozijei-me, ao ver uma sala bem iluminada, com uma mesa posta para a ceia e uma lareira onde crepitava bom fogo.

O Conde depositou minha bagagem no chão, fechou a porta e, atravessando a sala, abriu outra porta, que dava para um pequeno quarto octogonal, iluminado por uma simples lâmpada e que parecia não ter janela alguma. Atravessando-o, abriu outra porta e me fez sinal para entrar. A vista era agradável: tratava-se de um grande quarto de dormir bem iluminado e aquecido por outra lareira. O próprio Conde colocou ali minha bagagem e disse, antes de fechar a porta:

— O senhor há de querer, depois da viagem, fazer sua toalete. Espero que encontre tudo que deseja. Quando terminar, pode passar para a outra sala, onde encontrará a ceia preparada.

A luz e o calor e a cortês recepção do Conde tinham dissipado minhas dúvidas e receios. Voltando ao meu estado normal, verifiquei que estava faminto; assim, depois de fazer uma toalete rápida, entrei na outra sala.

Encontrei a ceia já posta. Meu anfitrião, que estava de pé junto à lareira, mostrou a mesa, num gesto cortês, dizendo:

— Peço-lhe que sente e ceie à vontade. Espero que me desculpe por não lhe fazer companhia; mas já jantei e não costumo cear.

Entreguei-lhe a carta lacrada que o Sr. Hawkins me confiara. Ele a abriu e leu-a, gravemente, depois, sorrindo amavelmente, entregou-ma para que eu a lesse. Pelo menos um trecho dela deu-me grande prazer:

“Lamento que um ataque de gota, moléstia que me ataca com freqüência, me impeça, em absoluto, qualquer viagem num futuro próximo; mas tenho o prazer de comunicar que posso enviar um substituto plenamente capaz, no qual deposito absoluta confiança. É um jovem enérgico e talentoso, à sua maneira, e muito leal. É discreto e pouco falador e se fez homem trabalhando comigo. Estará à sua disposição, para ajudá-lo quando senhor desejar e receberá suas instruções respeito de todos os assuntos.”

O próprio Conde tirou a tampa de uma travessa e eu ataquei, imediatamente, um excelente frango assado, que, com queijo, salada e uma garrafa de velho Tokay, do qual tomei dois copos, constituiu minha ceia. Enquanto eu comia, o Conde me fez muitas perguntas sobre a viagem e contei-lhe todos os pormenores.

Quando acabei de cear, aquiescendo ao desejo de meu anfitrião, sentei-me numa cadeira junto do fogo e pus-me a fumar um charuto que ele me ofereceu, desculpando-se, ao mesmo tempo, pelo fato de não fumar. Tive, então, oportunidade de observá-lo e achei sua fisionomia altamente expressiva.

Tem nariz aquilino, narinas dilatadas, testa ampla e bela cabeleira, já rareando nas têmporas, mas muito abundante no resto da cabeça. Suas sobrancelhas são espessas, quase se encontrando sobre o nariz. A boca, pelo que pude ver, sob o bigode espesso, é firme e dura, e os dentes são particularmente aguçados e brancos, projetando-se entre os lábios, cuja cor demonstra extraordinária vitalidade para sua idade. Quanto ao resto, as orelhas são pálidas e muito pontudas, o queixo largo e forte e as faces firmes, embora finas. O que mais impressionava, no entanto, era sua extraordinária palidez.

Até então, eu tinha notado as costas, de suas mãos, que tinham me parecido brancas e finas; mas, vendo-as mais de perto, pude notar que eram bem grosseiras, com dedos fores. Por mais estranho que pareça, as palmas das mãos tinham cabelos. As unhas eram compridas e finas, terminando em ponta. Como o Conde se curvasse sobre mim, encostando-me as mãos, não pude conter um tremor. Talvez tenha sido por causa do seu mau hálito, mas o fato é que me dominou uma horrível sensação de náusea, que não pude esconder. O Conde notou-a, evidentemente, e recuou; e com uma espécie de sorriso que deixava ver melhor seus dentes salientes, sentou-se, de novo, do outro lado da lareira. Ficamos em silêncio durante algum tempo. Do vale, vinham os uivos de muitos lobos.

— Ouça-os... os filhos da noite — disse o Conde, com os olhos brilhando. — Que música fazem!

E, notando, sem dúvida, minha estranheza, acrescentou:

— Os senhores, habitantes da cidade, não podem compreender os sentimentos de um caçador.

Pôs-se de pé, depois acrescentou:

— Mas o senhor deve estar cansado. Seu quarto já está arrumado e amanhã poderá dormir até a hora que quiser. Tenho de me ausentar durante toda a tarde. Durma bem, portanto, e tenha sonhos agradáveis!

E, com uma mesura cortês, abriu-me a porta do aposento octogonal e entrei em meu quarto.

Perturba-me um mar de contradições. Duvido; tenho medo; penso coisas estranhas que não me atrevo a confessar a mim mesmo. Deus que me proteja, ao menos para o bem daqueles que me são caros!

7 de maio — Descansei bastante nestas últimas vinte e quatro horas. Dormi até tarde e ninguém me acordou. Depois vesti-me, dirigi-me à sala onde ceara e encontrei uma refeição fria e café ainda quente, pois a cafeteira estava colocada no fogão. Em cima da mesa, havia um cartão, que dizia:

Tive de me ausentar por algum tempo.
Não espere por mim.
D.

Terminada a refeição, procurei a campainha, a fim de chamar os criados para tirar a mesa, mas não encontrei campainha alguma. Havia, naquela casa, algumas deficiências esquisitas, em contradição com as provas de riqueza que a cercavam. O serviço de mesa era de ouro e tão bem trabalhado que devia ter um imenso valor. Também as cortinas e tapeçarias eram valiosíssimas, mas estavam velhas e mofadas. Em nenhum dos aposentos, nem mesmo no meu toucador, havia um espelho e tive de me valer do espelhinho de barbear que trouxera na minha mala para me barbear ou pentear os cabelos. Ainda não tinha visto um criado ou ouvido qualquer ruído no castelo, a não ser o uivo dos lobos. Algum tempo depois, acabada a refeição, procurei alguma coisa para ler, pois não queria andar pelo castelo antes de pedir licença ao Conde. Não havia no aposento livro, jornal ou mesmo material para escrever; abri a porta do quarto e encontrei uma espécie de biblioteca.

Na biblioteca, encontrei, satisfeito, muitos livros ingleses. No centro havia uma mesa repleta de revistas e jornais londrinos, nenhum deles, contudo, de data recente. Os livros eram sobre assuntos os mais variados e havia até o Guia de Londres.

Enquanto estava examinando os livros, a porta se abriu e o Conde entrou. Saudou-me, cordialmente, e acrescentou:

— Estou satisfeito que tenha achado o caminho para aqui pois tenho certeza de que há aqui muita coisa que o interessará. Estes companheiros — disse, apontando pára o livros — têm sido bons amigos para mim e, há alguns anos, desde que tive a idéia de ir para Londres me têm dado muitas horas de prazer. Através deles, aprendi a conhecer sua grande Inglaterra; e conhecê-la é amá-la. Estou ansioso para ir para as ruas repletas de gente de Londres, ver-me no meio do turbilhão da humanidade, compartilhar de sua vida, suas transformações, sua morte. Mas, infelizmente, só conheço seu idioma através dos livros. Quero aprender a falá-lo com o senhor.

— Mas o senhor sabe e fala o inglês perfeitamente, Conde! — disse eu.

— Agradeço, meu amigo, sua apreciação lisonjeira, mas ainda me falta muita coisa.

— Na verdade, o senhor fala o inglês magnificamente.

— Não — respondeu ele. — Sei que, se fosse para Londres, ninguém ali me tomaria por estrangeiro. Isso não é bastante para mim. Aqui sou nobre; os plebeus me conhecem e sou um senhor. Mas um estranho numa terra estranha não é ninguém. Ficarei contente de ser como os outros de maneira que, quando eu falar, ninguém pare para comentar: “É um estrangeiro”. Tenho sido senhor tanto tempo, continuaria ainda a ser senhor, ou, pelo menos, ninguém seria meu senhor. O senhor não veio aqui somente como agente de meu amigo Peter Hawkins, de Exeter, para conversar comigo sobre minha nova propriedade em Londres. Espero que fique comigo algum tempo, para que, conversando com o senhor, eu possa adquirir o sotaque inglês, corrigindo-me mesmo os pequenos erros. Peço desculpas por ter estado fora tanto tempo; mas sei que perdoará quem tem tantos negócios importantes para tratar.

Naturalmente, concordei e pedi-lhe licença para entrar à vontade naquele aposento.

— O senhor pode ir onde quiser no castelo, exceto naturalmente onde as portas estiverem fechadas a chave — respondeu ele. — Não pode se esquecer de que estamos na Transilvânia, onde os costumes são diferentes dos da Inglaterra e o senhor aqui poderá ver muitas coisas diferentes.

Era evidente que estava disposto a conversar e fiz-lhe muitas perguntas relativas a fatos que já tinham acontecido comigo ou que pudera perceber. Às vezes, ele se afastava do assunto, fingindo não compreender; mas, em geral, respondeu com muita franqueza. Tornei-me mais audacioso e perguntei-lhe o que significavam as coisas estranhas que vira na véspera, como, por exemplo, o fato do cocheiro ter se dirigido aos lugares onde apareciam as chamas azuladas. — Segundo dizem — respondeu ele — na véspera do dia de São Jorge aparece uma chama azulada nos lugares em que está enterrado um tesouro. Não há dúvida de que existem muitos tesouros enterrados nesta região, pois seu solo foi disputado, durante muitos séculos, pelos valáquios, saxões e turcos. Há poucos palmos desta terra que não tenha sido regado com o sangue dos patriotas ou dos invasores. Quando os austríacos e húngaros invadiram o pais, os patriotas os enfrentaram nas montanhas. Quando o invasor triunfou, pouca coisa encontrou, pois o que havia foi escondido no solo.

— Mas esses tesouros terão ficado tanto tempo escondidos, quando era tão fácil procurá-los? — perguntei.

O Conde sorriu, deixando à mostra os dentes compridos, pontudos.

— Os camponeses são medrosos — respondeu. — Essas chamas só aparecendo; numa noite e, nessa noite, ninguém desta região tem coragem de sair de casa. Mas vamos falar sobre Londres e minha futura residência.

Pedindo desculpas pelo meu descuido, dirigi-me ao quarto, a fim de tirar os documentos de minha mala. Enquanto os estava arrumando, ouvi barulho de porcelana e prata no outro aposento e, quando voltei, notei que a mesa já fora tirada e que a lâmpada não estava acesa, pois escurecera de todo.

O Conde, estendido no sofá, estava lendo nada mais nada menos que o Guia Bradshaw da Inglaterra.

Quando entrei, ele tirou da mesa os livros e papéis e começamos a discutir planos, dados e algarismos de todo o tipo. Ele estava interessado por tudo e fez-me uma infinidade de perguntas sobre o lugar e seus arredores. Evidentemente estudara muito o assunto, pois estava mais bem informado do que eu mesmo. Como tivesse salientado tal fato, ele retrucou:

— Não acha natural que assim seja? Quando eu estiver lá, meu amigo Jonathan Harker não estará mais ao meu lado, podendo prestar-me todas as informações de que eu necessitar, pois, sem dúvida, estará em Exeter, a milhas de distância provavelmente trabalhando com documentos jurídicos, ao lado de meu outro amigo, Peter Hawkins.

Tratamos, então, dos detalhes da aquisição da propriedade de Purfleet. Depois que eu dera ao Conde as explicações e de ele ter assinado os papéis necessários, e de haver escrito uma carta para a remessa dos documentos ao Sr. Hawkins, indagou como foi que eu descobrira a propriedade. Li, então, para ele, as notas que eu tomara então e que reproduzo aqui:

“Em Purfleet, num caminho transversal, descobri uma propriedade que parecia adequada, e onde havia um cartaz estragado anunciando que a mesma estava à venda. É cercada por um muro alto de pedras, que há muitos anos não é reparado. Os portões são de carvalho e ferro, roído pela ferrugem.

“A propriedade é chamada Carfax, sem dúvida corruptela de Quatro Faces, pois a casa tem quatro fachadas, que dão para os pontos cardeais. A propriedade deve ter uns vinte acres, cercados inteiramente pelo muro supra-mencionado. Há muitas árvores que tornam o lugar sombrio, e uma capela nos fundos. Existem poucas casas nas proximidades, sendo uma delas muito grande, ampliada há pouco tempo e transformada em hospício. Não é visível, no entanto, dos terrenos da propriedade.”

Quando terminei, o Conde disse:

— Sinto-me satisfeito de saber que se trata de uma casa grande e velha. Pertenço a uma velha família e seria horrível, pra mim, ter que morar numa casa nova. Também sinto-me satisfeito por saber que possui uma capela. Nós, os nobres transilvanos, achamos que nossos ossos não devem jazer entre os mortos plebeus. Não estou procurando alegria. Já não sou jovem, e meu coração, depois de acostumado com a morte, durante tantos anos, não está afeito à juventude.

Tive a impressão, contudo, de que sua fisionomia não estava muito de acordo com as palavras que dizia, ou melhor, que suas expressões davam ao sorriso algo de malicioso e amargo.

Logo depois, pediu licença e retirou-se, pedindo-me para arrumar todos os papéis. Comecei, então, a examinar os livros e, folheando um atlas, este se abriu, como que por acaso, num mapa da Inglaterra. Debruçando-me sobre ele, vi que havia três localidades, com um pequeno círculo feito a tinta. Notet que uma delas era a leste de Londres, precariamente onde ficava a nova propriedade do Conoe; as duas outras eram em Exeter e Whitby na costa de Yorkshire.

Passara-se quase uma hora, quando o Conde voltou.

— Sempre metido com os livros! — disse ele. — Muito bem! Mas não deve trabalhar demais. Venha. Fui informado de que a ceia está pronta.

Levou-me ao aposento vizinho, onde, de fato, a mesa estava posta. Mais uma vez, o Conde desculpou-se por não me fazer companhia, pois tinha jantado quando estivera fora de casa. Contudo, conversou comigo, enquanto eu comia, como na véspera. Depois da ceia, fumei, como na noite anterior, e o Conde ficou junto de mim, conversando e fazendo-me perguntas, sobre os mais variados assuntos. Eu estava sem sono, pois o da noite anterior me fortificara. Mas não pude deixar de sentir esse arrepio que nos costuma vir quando a madrugada se aproxima. De repente, ouvimos o canto de um galo, que cortou estridente o ar calmo da madrugada. O Conde ergueu-se, de um pulo.

— Como! — Exclamou. — Já é madrugada de novo! Não devia tê-lo feito ficar acordado até estas horas. O senhor deve tornar menos interessante sua conversa sobre minha nova pátria, a Inglaterra, para que eu não me esqueça de que o tempo voa.

E, com uma mesura cortês, retirou-se.

Fui para o meu quarto e abri as cortinas, mas havia pouca coisa para ver; a janela dava para o pátio e a única coisa que vi foi o céu cinzento. Assim, tornei a fechar as cortinas e tratei de tomar estas notas no meu diário.




Abraham "Bram" Stoker (Clontarf, 8 de Novembro de 1847 — Londres, 20 de Abril de 1912) foi um escritor irlandês bastante conhecido por ter sido o autor de Drácula, a principal obra no desenvolvimento do mito literário moderno do vampiro. Sempre estudando em Dublin, escreveu seu primeiro ensaio aos 16 anos e, em 1875 recebeu seu mestrado. Conseguiu se tornar crítico de teatro, sem remuneração, no jornal Dublin Eventing Mail.